Hoje recebi um e-mail que me fez pensar muito na vida que temos levado por aqui, era uma apresentação de slides dessas feitas no power-point que trazem mensagens muitas vezes bem bonitas, por isso resolvi abrir.
A mensagem em questão falava do quanto precisamos dos obstáculos que nos são apresentados para crescer, para aprender ao invés de receber tudo fácil, parei para pensar na vida de cão que levo desde que casei e de quantas vezes precisamos pedir ajuda e receber as coisas na mão porque não fomos capazes de conquistar sozinhos, nas vezes em que caímos novamente por não aprender e insistir nos mesmos erros.
É verdade que aprendemos mais com os erros que com os acertos, também é certo que nos fortalecemos a cada dificuldade vencida, mas vamos combinar que dificuldade de mais também derruba, sofrer muito endurece o coração, mina as forças e mata a esperança. Quem foi que disse que a esperança é a última que morre? Na certa essa pessoa não deve ter acreditado numa mudança por cinco anos...
Hoje com esse e-mail e uma conversa franca com a minha querida cunhada percebi que definitivamente não mais eu, talvez esteja mais forte, adulta e decidida, mais mulher que a sonhadora Diana de cinco anos atrás, mas também estou mais dura, mais amarga, menos paciente e muito menos apaixonada pela vida, não vejo mais um novo dia como um recomeço, mas como mais uma oportunidade de tudo piorar, rezo para o mês passar mais devagar e não chegarem novas contas, me desespero quando o telefone toca ou batem À minha porta, não me empolgo mais em receber visitas ou faço planos para o fim de semana, as férias ou o meu aniversário, nos dois últimos anos passei o dia do meu aniversário sem um centavo em casa, ano retrasado nem gás tinha em casa, aí me pergunto, porque mesmo ter esperança?
Estou me tornando uma mulher que não me agrada, na certa também não agrada as pessoas a minha volta, com certeza não sou mais a companhia que meu marido apreciava nem a tia querida que os sobrinhos adoravam por perto, sempre irritada, ranzinza, cansada não tenho paciência nem para piadas, é estou me tornando uma pessoa infeliz, logo eu que sempre disse que apesar de tudo me contentava com o pouco que tinha? Vai ver esse pouco se tornou quase nada e não é mais suficiente nem par alimentar a paixão.
E por falar em paixão tenho percebido a diferença como vejo meu marido, o homem que sempre admirei, por quem sempre fui encantada e para quem sempre declarei amor incondicional tem parecido aos meus olhos mais normal, com mais defeitos, mais irritante, sei lá, não tenho mais a paciência que tinha diante da passividade e da falta de iniciativa dele, tenho pensado com mais freqüência que não vai mudar, que sempre será assim e que não quero passar por isso para sempre, tenho anseios que não são compatíveis com essa vida de dificuldade, de correr atrás do que já foi, de trabalhar para pagar o que já gastamos todo mês e nunca dar para cumprir todos os compromissos.
A última coisa que quero na vida é que dificuldades financeiras atrapalhem meu casamento, até hoje passamos por altos perrengues e nunca nos abalamos, mas hoje já não tenho mais tanta certeza de que será sempre assim, já não gosto há muito tempo de pedir ajuda aos outros, hoje sinto mais falta do que nunca de poder comprar coisas legais para nós dois, de ter uma graninha no bolso de vez em quando, de planejar o tão sonhado bebê, e cad dia me parece mais distante da minha realidade, meus planos e desejos estão mais fortes e a vida mais difícil, não quero mesmo que o Eu estrague o Nós, que o maldito dinheiro, ou a falta dela no meu caso, acabe com um amor forte e arrebatador que passou por tanta coisa.
Quero mais do que tudo virar essa página, como disse lá em cima, aprender e me fortalecer com os obstáculos e que esse aprendizado traga mudanças em minha vida sim, mas acima de tudo quero que seja definitivo! Quero salvar meu casamento de mais um problema, quero voltar a acreditar...
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2 comentários:
A coisa não está fácil, né Di. O jeito é pensar nas possibilidades. Tentar um concurso, mandar currículo p/ tudo quanto for empresa, inclusive fora da sua cidade. Quem sabe a solução está aí? Quem sabe assim vc e o Dori conseguem dar uma guinada na vida?
É só uma sugestão, mas acho que vale pensar no assunto.
Continuo torcendo por vc.
Beijos
Deixei um desafio p/ vc na blog espera. Dá uma olhadinha.
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